Entrevista com Gabriel González, engenheiro mecânico, sobre o desenvolvimento da porta automática antirroubo RC2

Gabriel González trabalhou no desenvolvimento e materialização da nova porta automática antirroubo RC2 da Manusa. O engenheiro responsável descreve-nos o processo que envolveu diferentes departamentos e as características que a tornam numa porta que proporciona uma segurança patrimonial avançada.

Que departamentos da Manusa estiveram envolvidos no desenvolvimento da porta RC2?

Como foram articulados os seus esforços? Inicialmente, a equipa comercial identificou e transmitiu-nos a necessidade dos nossos clientes de melhorar a segurança. Na equipa de I+D+i, empreendemos o projeto, centrando-nos, principalmente, em oferecer um grau de segurança contra a quebra e a rutura, sem perder o conforto oferecido pelas nossas portas automáticas. Para isso, apoiámo-nos, sobretudo, na experiência das pessoas que fazem parte da equipa técnica da Manusa.

O design do produto foi liderado pela equipa mecânica I+D+i, com o suporte contínuo dos nossos colegas de software, firmware e eletrónica, bem como dos nossos fornecedores.

Uma parte muito importante da fase de conceção, foi o apoio da equipa de prototipagem, validando montagens, introduzindo melhorias e verificando as funcionalidades esperadas desta tipologia de porta. E, para não perder o ponto de vista de fabrico, contámos também com a equipa de engenharia de processos, de forma a garantir que o design permita uma repetição do processo e possa oferecer a qualidade aguardada pelos nossos clientes.

Quais as especialidades dos engenheiros que participaram no desenvolvimento da RC2? Qual o contributo de cada departamento para a produção desta porta?

Foram vários os perfis que participaram no projeto e, todos, colaboraram com pontos de vista interessantes que contribuíram para o resultado final. Juntamente com os engenheiros mecânicos, por exemplo, cnfigurámos a solução completa da porta, os protótipos em 3D e os desenhos de fabricação. Com esta equipa, também elaborámos a documentação de instalação, a ficha técnica e fabricámos os protótipos. Tudo isto, foi obra decorrente da conceção e integração dos diferentes sistemas de segurança que compõem a porta RC2.

Contribuíram igualmente os técnicos de protótipos que nos assistiram na montagem e fabrico dos moldes e das maquetas de teste. Esta equipa efetuou os testes de carga e de quebra e rutura das maquetas, antes dos testes externos em laboratório, assim como verificou a instalação final das portas. Trata-se de um filtro imprescindível para garantir que as nossas portas possam instalar-se corretamente e cumpram com as especificações estabelecidas.

Outro grande contributo foi concedido pelos engenheiros de eletrónica e telecomunicações, que nos ajudaram com a parte elétrica e funcional da porta. Esta equipa tratou de questões que vão desde a conceção eléctrica até à programação da nossa eletrónica, de maneira a poder controlar-se todas as funcionalidades esperadas, para que a porta funcione com a máxima segurança para as pessoas.

E, por último, mas não menos importante, os engenheiros de processo, que forneceram a visão de produção, desde a fase da conceção, para detetar pontos que poderiam dificultar o fabrico ou aumentar desnecessariamente os custos do produto, até à fase da industrialização. Foram responsáveis por engendrar a solução técnica, para que a porta pudesse ser fabricada dentro dos parâmetros estabelecidos no projeto.

Quais as características técnicas da porta RC2, em comparação com outras portas que também oferecem algum nível de segurança?

Graças ao seu design, a porta RC2 oferece a máxima proteção, sem comprometer a estética ou a segurança. É uma porta leve, que proporciona a melhor visibilidade possível e incorpora reforços internos que garantem o melhor desempenho.

A RC2 pode ser vista como um conjunto de pequenas soluções que se combinam para fornecer uma solução global de segurança para a nossa porta.

As suas folhas móveis incorporam um fecho automático de três pontos com desbloqueio manual, desenvolvido pela Manusa. Isto permite uma utilização muito cómoda para os clientes com um funcionamento automático, e evita problemas associados a cortes de energia. É uma porta que possui um sistema de guia de segurança na parte inferior e superior das folhas, impedindo a alavancagem em todo o perímetro.

Qual é a maior novidade deste modelo?

A fusão entre a segurança e a funcionalidade oferecidas pela própria porta é a maior novidade. Outro dos pontos que consideramos mais interessantes é a possibilidade de gerir a porta remotamente, através da aplicação Doorwifi, e ter um controlo total do estado da porta. O fecho seguro da porta é controlado por sensores, o que nos permite saber, a qualquer momento, se a porta está a funcionar corretamente. Em caso de anomalia, o utilizador é informado, o que proporciona uma tranquilidade adicional aos nossos clientes.

Como se conjugam segurança e estética na porta RC2?

Por vezes, melhorar a segurança implica a instalação de barreiras visuais ou práticas, como grades, pilaretes ou portadas, o que este projeto procurou evitar. A porta integra-se perfeitamente na estrutura, quase não se distinguindo de uma porta de correr normal. O seu perfil tem uma espessura de apenas 30 mm, é leve e o vidro de segurança garante uma estética limpa e moderna, sem comprometer a proteção contra o roubo.